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Criança não se terceiriza

Criança não se terceiriza

Razões mais do que suficientes para levar educadores a uma preocupação comum: coma mulher integrando o mercado de trabalho e a exigência de dedicação e tempo sofridos nesse quesito – tanto para elas quanto para eles – os folhos muitas vezes passam a ser educados por terceiros: escolas, babás, avós. “Trabalhamos muito e queremos do fundo do coração que alguém de conta do que é nosso papel. Às vezes, queremos colo, não queremos dar colo a ninguém”, observa a assistente social Cida Nogarolli. Idealizadora do projeto “Isto é comigo – Construtores de Soluções”, Cida chama a atenção para a necessidade dos pais assumirem e priorizarem seu papel. “ É preciso haver um equilíbrio, há horas em que devemos conscientemente abrir mão de outras atividades para ficar com os filhos, a família. Tem uma coisa que não dá para abrir mão, que é a família”.

Para a pedagoga Tânia Stoltz, doutora em Psicologia da Educação, ter filhos hoje deve ser uma escolha consciente. “Os pais precisam ter uma noção melhor do que é ter filhos e pensar: que tempo temos para ficar com essa criança?”

Como normalmente não têm esse tempo - e chegam tão cansados em casa que não conseguem estabelecer uma relação de qualidade com as crianças – os pais esperam que a escola assuma o papel que é deles. “A escola sente muito a ausência dos pais, seu papel é trazer conteúdos e proporcionar o processos de desenvolvimento humano. É na escola também que a criança vai fortalecer seus vínculos. Mas se a criança não conseguir estabelece-los em casa, na relação familiar, no ambiente escolar não vai conseguir”, diz Cida.

Muitos pais, para Tânia, não se interessam em transmitir valores e estabelecer limites. “Alguns deles acham que seu papel é a penas facilitar a vida das crianças, provendo as necessidades básicas e desconsideram que essas necessidades está a de lidar com o mundo real. O contexto basicamente permissivo não é o ideal, quem sofre com isso é a criança, quando começa a perceber que o mundo lá fora é tão gratificante quanto o ambiente familiar.”

Há pais inclusive que deixam ordens de gratificação imediata aos desejos da criança para avós e babás, conta a pedagoga. “Não é possível nem adequado satisfazer a criança em tudo. É preciso que ela aprenda a esperar, a superar dificuldades. Cabe aos pais estimula-las a tentarem novamente quando desistem com facilidade.”

Para Cida, a tranqüilidade suprema é poder falar para um filho adolescente: “Meu filho, te ensinei tudo o que é certo e errado, o mundo lá fora vai te fazer muitas ofertas, agora é por sua conta e estou aqui quando você precisar.” E, para isso, tempo e qualidade na relação são fundamentais.


Papel assumido

É possível conciliar o trabalho e a educação dos filhos garante a administradora de empresas Izabela Blaschke, 36 anos. Mãe de Bárbara, 8, e Eduarda, 4, ela lembra que, no passado, mulheres separadas e viúvas davam conta de tudo sozinhas. “Eu conto com o apoio do meu marido – o engenheiro mecânico Guilherme, 42 anos - , que é uma paizão. Hoje os homens participam mais.”

Izabela e Guilherme fazem questão de assumir a educação das meninas. “Minha mãe contribui muito, mas no papel de avó, não de educadora. Impor limites é papel meu e do meu marido.”

Para ela, a questão não é apenas impor limites, mas “saber o que seu filho está produzindo de bom, reconhecer e estimular. Os pais estão muito preocupados com sua própria vida e não se envolvem na vida dos filhos”, observa.

O diálogo é a base do relacionamento da família. “Quando estou nervosa em casa, falo com elas: ‘Mamãe hoje na está bem, vão brincar, pegar um livrinho’. Isso é uma troca, não podemos deixar que a diferença de idade pese entre as crianças e nós. Sempre explico as coisas para elas.”

Para assar mais tempo com as meninas, Izabela procura leva-las na escola e fazer atividades extras. Ela também almoça diariamente em casa. [EB]

MANUAL DE APROXIMAÇÃO

 

* Evite colocar tevê e/ou computador em cada quarto. Isso faz com que cada membro da família crie uma história, desfavorecendo a relação familiar.

* Fazer as refeições juntos, sem tevê ligada é uma ótima forma de aumentar o vínculo familiar.

* Compartilhe mais com seu filho suas dificuldades. “Às vezes eles acham a solução para a gente”, diz a assistente social Cida Nogarolli.

* Não queira bancar o pai ou mãe “superpoderoso”, aquele que dá conta de tudo. Aprenda a delegar mais, sem abrir mão de seu papel parental. “ É uma armadilha, hoje muito mais para as mães. As superpoderosas adoecem mais, não dão conta dessa superposição de papéis”, alerta Cida.

* Não tenha medo de pedir desculpas ao seu filho. Ele vai aprender que você também é humano, também erra e se aproxima mais de você

* Seja apreciativo. Ao valorizar o que as pessoas – isso vale para as crianças e deu cônjuge – têm de bom, você transforma a química da relação.

* Ouça o que seu filho tem a dizer, troque impressões com ele, acolha seus medos e dúvidas. Observe as reações dele. É preciso ser sensível aos sinais que as crianças dão à dinâmica da família.

* Procure ser criativo nos diálogos com as crianças. Brincar com questões reais é uma forma de passar conceitos importantes sem ficar “massacrando” com discursos.

* Procure entender melhor e se informar sobre o processo de desenvolvimento das crianças. Quando seu filho tiver 10 anos, não adianta fazer o que deveria ter sido feito aos 2.

* Sente para jogar e brincar com seu filho, invente uma brincadeira, envolva-o nas tarefas do dia-a-dia. Faça do papel  de pai/mãe sua prioridade.

* Mantenha uma rede de apoio social. Observar como outras famílias tratam seus filhos dá pistas sobre sua relação e ajuda corrigi-la se necessário.


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